Hoje o céu está mais azul...
Foi difícil começar a
escrever esse texto. O Dia começou ensolarado, logo entristeceu com a notícia
da morte de um ídolo do
rock nacional.
Conhecendo todos os
álbuns e sucessos ou apenas sabendo cantar "...
Vou te levar, te levar daqui...". Pessoas de todas as idades já
ouviram ou leram alguma frase de Alexandre
Magno Abrão, o Chorão, logo seria impossível não falar dele hoje.

Não vamos falar dos 'por quês' de sua morte ou das polêmicas que marcaram a história do Chorão e do Charlie Brown Jr. Hoje vamos apenas lembrar do grande músico, pai, empresário e santista que ele foi.
Chorão nasceu em São Paulo, no dia 9 de
abril de 1970. Ainda na adolescência descobriu seu amor por skate. Com 17
anos mudou-se para a cidade de Santos, onde montou a primeira formação da banda Charlie
Brown Jr, na companhia de Champion, Renato Pelado, Marcão e Tiago Castanho,
grupo este que seria a nave para o sucesso e reconhecimento.
A partir de 1993 a banda já começa a se apresentar em
circuitos e, após uma demo entregue para Rick
Bonadio, produtor de bandas como Mamonas Assassinas, a nave começou a
decolar. O produtor gostou do que ouviu e contratou a banda santista.
Com o lançamento do
álbum “Transpiração
contínua prolongada”, em 97, músicas como “Proibida pra mim (Grazon)”, “Tudo
o que ela gosta de escutar” e “O coro vai cumê” embalaram a carreira dos jovens
meninos sonhadores.

Casou-se e teve um filho, batizado de Alexandre.
Enfrentou momentos difíceis, como a perda de seu pai em 2001.
Além de excelente
cantor e compositor, Chorão se aventurava em outros negócios. Em novembro de 2006
inaugurou um espaço para skatistas e músicos, o Chorão Skate Park, em Santos. O
local destaca-se por ter uma das melhores pistas de skate do Brasil , com uma
distribuição de obstáculos que está em sintonia com o que há de mais atual no
mundo.
Já em 2007, Chorão se aventurou no cinema com o filme
“O Magnata”. Chorão foi escritor e roteirista, além de
participar do filme junto com o Charlie Brown Jr e integrar a trilha sonora do
mesmo. Recentemente anunciou
um novo filme "O
Cobrador" do qual ele mesmo escreveu o roteiro e
confessou também que pretendia lançar um livro contando a história da banda
desde o início.
Em janeiro de 2009, o
músico lançou sua grife de
roupas, intitulada DO.CE "Dose Certa", em festa promovida em São
Paulo.
Chorão sempre foi uma
pessoa de personalidade forte, expressivo, verdadeiro e direto. Além disso, era
batalhador e persistente.

Suas músicas
retrataram a realidade pela qual o músico estava passando ou havia passado.
Houve fases em que suas músicas exaltavam o amor e a persistência, em outras,
gritavam por justiça, criticavam injustiças, expressavam dores. E é justamente
essa sinceridade que conquistou fãs de todas as idades e realidade, afinal
todo mundo enfrenta “Dias de Luta e Dias de Glória”, entendem “Como tudo deve
ser”, buscam “O meu lugar ao Sol” e “Aquela Paz”. “Não
viva em vão” foi a lição que ele nos deixou e devemos continuar, enfrentando as
barreiras e obstáculos do dia a dia, em busca de nossos sonhos. É difícil dizer
adeus, mas isso é uma coisa que “Só os loucos sabem”...
E assim eu termino a
coluna desta semana, desejando que o coração da família, amigos, fãs e
admiradores sejam confortados e que
a estrela do Chorão nunca pare de brilhar.
“Se um dia alguém
virar para você e falar o 'Chorão do Charlie Brown Jr morreu', diga que ele não
morreu, apenas deu uma pausa aqui na terra para levar um pouco de alegria no
céu" Chorão