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Cinema - Colegas - uma visão simples da vida !


Normalmente filmes nacionais não são bons, isso porque infelizmente tem pessoas ligadas às produções que insistem em fazer do Brasil um lugar para estereótipos ou violento ao extremo, mesmo assim ainda conseguimos ver algumas boas produções como “O Palhaço”, “O homem do futuro”, “2 coelhos”, enfim ainda a vida inteligente no nosso país.

E nesta sexta (01) estreou o ótimo e já bastante premiado “Colegas”, que alem de ser uma produção muito boa, ainda quebra alguns paradigmas. Abordar um tema tão delicado como portadores de síndrome de Down é extremamente complicado, sempre que vemos uma produção que toca neste assunto é como se seus portadores fosse pessoas limitadas, felizmente não é esse o caso desta obra.

Em Colegas acompanhamos a aventura de três amigos portadores de síndrome de down Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pook) e Márcio (Breno Viola) grandes amigos e vivem juntos em um instituto, ao lado de vários outros colegas. Um belo dia surge à ideia de sair dali para realizar o sonho individual de cada um e inspirados pelos inúmeros filmes que já tinham assistido na videoteca local, eles roubam o carro do jardineiro (Lima Duarte) e fogem de lá. A imprensa começa a cobrir o caso e a polícia não gostou nem um pouco dessa "brincadeira". Para resolver o problema, coloca dois policiais trapalhões no encalço dos jovens, que só querem realizar os seus sonhos e estão dispostos a viver essa grande aventura, que vai ser revelar repleta de momentos inesquecíveis.

A comédia trata de forma poética coisas simples da vida, através dos olhos dos três personagens com síndrome de Down. Um dia, inspirados pelo filme ‘Thelma & Louise’, resolvem fugir no Karmann-Ghia do jardineiro (Lima Duarte) em busca de três sonhos: Stalone (Ariel Goldenberg) quer ver o mar, Aninha (Rita Pokk) quer casar e Márcio (Breno Viola) precisa voar. Nesta busca, se envolvem em inúmeras aventuras como se tudo não passasse de um maravilhoso sonho.

Quase todos os diálogos dos personagens são homenagens a filmes de sucesso, como “A Primeira Noite de um Homem”, “007”, “Homens de Preto”, “Cidade de Deus”, “E O Vento Levou…”.

O elenco é um show à parte: Breno Viola é quem se sair melhor como Márcio, responsável pelas melhores piadas. Casados na vida real, Ariel Goldenberg e Rita Pokk transportam para a tela essa química, e conseguem emocionar e convencer como um casal apaixonado. O elenco de apoio tem nomes de peso, como Lima Duarte, Leonardo Miggiorin, Juliana Didone, além de contar com mais 60 jovens com síndrome de Down.

A história se apresenta como atemporal: ao mesmo tempo em que temos celulares, temos carros antigos, fitas cassetes e até uma participação especial de Raul Seixas, responsável pela trilha sonora da produção.

Pode ser que os mais exigentes encontrem um errinho de continuidade aqui ou cismem com um excesso de licença ali. Mas o conselho, caro colega, é se ligarem nos bons momentos que são muitos, alguns deles dotados de rara poesia, como uma bela noite de amor, e outros de pura ação.

 É legal ver que este longa aborda a inclusão por um viés nada sentimentalista. Lúdico, mas sem abrir mão de certo realismo, eventuais problemas na dicção sucumbem a cenas engraçadas, como um impagável interrogatório policial com toda a trupe do tal instituto. E é assim, sem máscaras, tirando sarro da deficiência com naturalidade, que ele convoca você a pensar que o igual pode ser apenas uma questão de ponto de vista. Afinal, quem é o diferente? Colegas é ousadia, é entretenimento e, acima de tudo, é uma convidativa comédia amiga do bom humor. Divirta-se!

Quem for conferir este maravilhoso filme não vai se arrepender e com certeza verá que a vida é extraordinária, simplesmente não prestamos atenção a isso.

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