Cinema - Django Livre - A Obra-prima de Tarantino ?
Uns dos
diretores mais revolucionários e competentes que já tive o prazer de assistir,
este é Quentin Tarantino.
Na ultima
sexta (18), estreou seu mais recente filme Django
Livre, a tão sonhada homenagem ao western spaghetti que dominou o cinema
nos anos 1960 - o título do filme é uma
referência a Django (1966), de Sergio Corbucci, estrelado pelo astro italiano
Franco Nero. O veterano ator, inclusive, faz uma participação especial em
Django Livre para deleite dos cinéfilos - difícil é saber se os mais jovens
entenderão a piada porque Nero não é conhecido da nova geração.
O filme
retrata a trajetória de Django (Jamie Foxx) um escravo liberto cujo passado
brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas
alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz está em busca dos irmãos
assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo a eles. O pouco ortodoxo Schultz compra Django com a promessa de libertá-lo
quando tiver capturado os irmãos Brittle, vivos ou mortos.
Ao
realizar seu plano, Schultz libera Django, embora os dois homens decidam
continuar juntos. Desta vez, Schultz busca os criminosos mais perigosos do sul
dos Estados Unidos com a ajuda de Django. Dotado
de um notável talento de caçador, Django tem como objetivo principal encontrar
e resgatar Broomhilda (Kerry Washington), sua esposa, que ele não vê desde que
ela foi adquirida por outros proprietários, há muitos anos.
A busca
de Django e Schultz leva-os a Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), o dono de
"Candyland", uma plantação famosa pelo treinador Ace Woody, que
treina os escravos locais para a luta. Ao explorarem o local com identidades
falsas, Django e Schultz chamam a atenção de Stephen (Samuel L. Jackson), o
escravo de confiança de Candie. Os
movimentos dos dois começam a ser traçados, e logo uma perigosa organização
fecha o cerco em torno de ambos. Para Django e Schultz conseguirem escapar com
Broomhilda, eles terão que escolher entre independência e solidariedade,
sacrifício e sobrevivência.
Tarantino
domina com excelência a direção e faz o que sabe de melhor, narrar uma historia
cheia de sangue e violência, mas o filme não é só isso, como marca registrada
do diretor a trama tem humor, sarcasmo, ironia é uma obra que poucos diretores
teriam a audácia de fazer, o tema da escravatura americana é muito polemica e
até por isso o filme não foi realmente apreciado como merece no seu país natal.
Creio que seja uma grande obra de
Tarantino, e as atuações de Christoph Waltz e Leonardo DiCaprio são um caso a
parte, e um Samuel Jackson impagável, o personagem principal faz o que é
proposto, porem não empolga como os demais.
Quando
escreveu o roteiro Tarantino tinha em mente Will Smith como protagonista, entretanto o mesmo rejeitou o papel
infelizmente, creio que seria o papel
perfeito para Smith.
Tarantino simplesmente criou mais um
belíssimo filme que vale a pena ser conferido, e como sempre tem uma trilha
sonora primorosa e escolhida a dedo, quem não se rende ao estilo Pop e Cult do
diretor, só me resta lamentar.
E só por
motivos de explanação, sou fã confesso deste brilhante diretor, que
infelizmente foi ignorado pela academia e não concorrerá ao Oscar de melhor
diretor e tem poucas chances na categoria de melhor filme... Uma pena mesmo!
Filme da Semana:

A
diferença é que está nova versão aproxima-se mais ao HQ, principalmente na
linguagem mais violenta.
Para
quem gosta de filmes do gênero é uma ótima opção.