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Dudu - Detona Ralph


Feliz ano novo a todos, minha primeira coluna deste ano, espero que seja a primeira de muitas e espero não ser demitido aqui da Geraw (risos). E como foi a passagem de ano de vocês? Espero que tenha sido muito boa e que Deus abençoe a todos neste ano que se inicia principalmente com saúde o resto corremos atrás.

Vamos ao que interessa que o mundo nobre da sétima arte, o que o 2013 nos reserva? Pelo que tenho acompanhado das noticias teremos bons lançamentos este ano, Django Livre de Quentin Tarantino, Killer Joe - Matador de Aluguel de William Friedkin, Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer, O Homem de Ferro 3, G.I. Joe 2: Retaliação, Se Beber, não Case! 3, Superman: O Homem de Aço entre outros.

Mas o primeiro grande lançamento do ano é uma animação “Detona Ralph” da Disney, Ralph (John C. Reilly) é o vilão de Conserta Félix Jr., um popular jogo de fliperama que está completando 30 anos. Apesar de cumprir suas tarefas à perfeição, Ralph gostaria de receber uma atenção maior de Felix Jr. (Jack McBrayer) e os demais habitantes do jogo, que nunca o convidam para festas e nem mesmo o tratam bem. Para provar que merece tamanha atenção, ele promete que voltará ao jogo com uma medalha de herói no peito, no intuito de mostrar seu valor. É o início da peregrinação de Ralph por outros jogos, em busca de um meio de obter sua sonhada medalha.

Desde os anos 1980 a Walt Disney Pictures analisava a possibilidade de fazer um filme de animação envolvendo o universo dos videogames. Na época o projeto era chamado de "High Score" e, durante os anos 1990, foi renomeado para "Joe Jump". Nos anos 2000, quando a ideia enfim saiu do papel, os dois primeiros meses de desenvolvimento do roteiro trazia Conserta Felix Jr. como personagem principal.

A ideia original era que Ralph o tempo inteiro tivesse a aparência de um personagem criado com Oito bits, o que limitaria bastante sua qualidade gráfica. Os desenhistas da Disney desistiram da ideia porque, desta forma, era bastante difícil deixá-lo com uma aparência simpática.

Vários personagens do mundo dos videogames aparecem em pequenas pontas: M. Bison, Zangief, Ken, Ryu, Chun Li e Cammy, todos da série Street Fighter; Q-Bert e seus inimigos; Pac-Man e o fantasma laranja; Bowser, o vilão dos jogos Super Mario Bros; e Sonic e Dr. Eggman, seu arquinimigo.

Como já era de se esperar, o filme consegue ser criativo e mostra nos cinemas uma série de personagens de games que gerou na plateia uma reação extremamente positiva. Eles de fato funcionaram dentro da ambientação que o filme propôs a explorar, porém as melhores e principais cenas do filme ficaram já expostas nos trailers, vídeos promocionais e imagens de divulgação do animado deixando a expectativa de quem esperava mais aparições dos personagens em tela não serem correspondidas. Contudo, o filme não deixa de ser bom com o seu desenvolvimento e conclusão, pois possui um roteiro muito bem amarrado que não deixa brechas soltas para uma possível continuação. Não que isso não possa acontecer afinal o universo de games é bastante extenso e possibilidades para sequências é o que mais temos nesse plot.

Ralph já é apresentado como uma personagem que trabalha dentro de um jogo de arcade às vésperas de completar 30 anos de trabalho. Exausto de sua tarefa e exclusão social, tema principal dentro desse arco da história, ele resolve buscar ajuda em um grupo de vilões que visam aceitação em suas carreiras profissionais. O longa trabalha muito bem a argumentação de “mau dentro dos games é apenas uma representação e não a realidade”. Não obtendo sucesso com a resposta do grupo, ele resolve tomar iniciativa e socializar mais com os outros membros do game no qual faz parte, porém tudo que ele consegue é preconceito e rejeição, fazendo-o decidir fugir do game e buscar um mérito no qual lhe traga respeito e admiração.

Esse é o começo da história, que explora muito bem Ralph e sua realidade. Trás soluções visuais inteligentes para a história, como o fato de usar a extensão de tomadas como uma central de trens que partem para as máquinas do fliperama. A partir desse momento o filme começa cair no quesito de originalidade, e trás alguns clichês já habituais do universo Disney. A história deixa de ser do Ralph e passa focar numa outra personagem. Entretanto, esse fato não faz com que o filme perca qualidade, apenas ignora o espectador que foi atrás de mais elementos que fizessem relações com o universo dos games. O filme poderia facilmente ser rotulado como um título da Pixar, pois consegue extrair com seus personagens cenas com um teor emocional desacerbado.

Se você nasceu fazendo seus combos nos consoles e espera um filme que retrate 100% esse mundo pode se decepcionar um pouco a partir do segundo ato do filme, que se torna infantil, e claro, se tratando de Disney, não iria deixar de colocar uma princesa no meio da história. Contudo, o filme não deixa de ser criativo e atraente para um público acostumado ao velho estilo Disney de ser.

É um ótimo filme que inicia o ano bem e espero que outros grandes lançamentos mantenham um alto nível cinematográfico neste ano.

Filme da Semana:

Galera indico a todos o filme “As Vantagens de Ser Invisível” estrelado por Emma Watson, Logan Lerman e Ezra Miller. Em 'As Vantagens de Ser Invisível', Charlie (Logan Lerman) é um estranho simpático e ingênuo, que enfrenta o delicado momento de lidar com o primeiro amor (Emma Watson), o suicídio de seu melhor amigo, e sua própria doença mental enquanto juntos lutam para encontrar um grupo de pessoas com qual ele pertença. O calouro introvertido é tomado sob as asas de Sam e Patrick, que o recebe ao mundo real.
Tem cenas cativantes e canções que marcaram outras gerações. É uma visão madura e divertida sobre a adolescência, seus mistérios e suas surpresas. A busca pelo infinito vai de baladas românticas até uma homenagem à “The Rocky Horror Picture Show”, esse último uma das grandes passagens do longa.

Simplesmente um dos melhores filmes que foram para as telonas no ano de 2012.

Um forte abraço até a semana que vem.

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