B7 - A indiferença europeia (Mundial de Clubes)
Chegamos
mais uma vez em uma das piores épocas no futebol brasileiro. Com o fim dos campeonatos nacionais, resta
aos veículos midiáticos apelar para especulações e como já era de se esperar, notícias
relacionadas a contratações e transferências são bombardeadas todos os dias.
Contudo,
quando existe algum time representando o Brasil no Mundial de Clubes, um velho
assunto vem à tona: “Os times europeus
não dão importância ao torneio.” Por mais que exista grande divergência de
opinião em relação a isso, acho extremamente justo que seja verdade.
Para
ter acesso ao Mundial de Clubes, os europeus devem vencer uma das competições
mais glamorosas do mundo. Sim, a UEFA Champions League conta com grandes times,
estádios modernos, gramados impecáveis, enfim, a organização tem ar de primeiro
mundo. Já para nós, sul americanos, a
vaga vem através de um campeonato marcado pela violência dentro e fora de
campo, juízes caseiros e principalmente pela impunidade pregada pela CONMEBOL.
Concordo
que o grande problema da Libertadores da América não são os brasileiros, pois
nossa nação tem capacidade para ser independente, pelo menos no quesito
futebol. Porém, para que a competição se torne reconhecida mundialmente, países
como Argentina, Paraguai, Chile e etc. precisam evoluir não só em técnica, como
também em mentalidade.
Pode parecer
preconceito, mas acho ridículo o modelo de administração da entidade máxima do
futebol sul americano.
Não existe punição para os clubes cuja torcida arremesse objetos em campo,
cartões amarelos são utilizados apenas para encher os cofres (e os bolsos) da
organização, arbitragens por mais ridículas que sejam são blindadas por seus
dirigentes e o pior de tudo: Clubes que se revoltam e tentam agir contra são
considerados ‘chorões’.
Infelizmente, existe um
abismo de diferença entre Europa e América do Sul, tanto na cultura, quanto na
economia e afins, características que refletem diretamente nos estádios de
futebol. Tais fatores
contribuem apenas em uma pequena parcela para a indiferença dos europeus, pois
ainda existe a diferença dos calendários, os valores de premiação e etc.
Creio que para o Mundial
de Clubes da FIFA ser valorizado por todos, a América do Sul deve crescer como
um todo, mostrando sua grande importância não só para o futebol, como também
para o desenvolvimento mundial.
Daqui a menos de dois anos, teremos a Copa do Mundo, quem sabe ela não sirva de
exemplo para o início de uma revolução?