B7 - Os Bastidores da Queda
A repentina queda de Mano
Menezes do comando da seleção brasileira gerou grande repercussão na mídia. Muitos consideraram a demissão injusta,
visto que, em números, o ex-técnico da seleção canarinho não deixam a desejar.
Contudo, os fatos que não chegam ao público em geral foram decisivos para que
José Maria Marin, presidente da CBF, optasse pela troca.
O
técnico Mano Menezes fez sua fama após levar o Grêmio de volta a série A do
campeonato brasileiro, conquistando títulos estaduais e uma vaga na libertadores
nos anos seguintes. Após dois anos, o gaúcho assumiu o
Corinthians com a mesma missão: Reconquistar uma vaga na elite do futebol
brasileiro, porém, o trabalho de Mano também fez o clube alcançar o título
estadual e da Copa do Brasil.
Os números acima “credenciaram”
Mano Menezes como o técnico certo para a seleção brasileira após um período
conturbado, porém, vitorioso de Dunga, capitão da seleção tetracampeã de 1994. No comando da seleção, Mano foi o
responsável por uma renovação no elenco, pensando na copa de 2014. Os testes,
porém, não foram bem sucedidos e culminou na eliminação da seleção na Copa
América, bem como várias derrotas em clássicos.
Nos últimos meses, a seleção
brasileira vinha de bons resultados, chegando a garantir o bicampeonato do
superclássico das Américas, contra a Argentina. Contudo, o jogo marcou o fim da
temporada, ocasião ideal para uma nova reformulação no elenco brasileiro.
Para entender os motivos da
demissão, devemos analisar alguns casos específicos. O ex-técnico do Brasil possui uma relação muito próxima com seu
empresário, Carlos Leite, que por “coincidência” também agencia vários atletas
convocados por Mano, como por exemplo, Thiago Neves que ganhou uma oportunidade
só após assinar contrato com o agenciador.
Mano também tomava decisões
incoerentes em grande parte de sua administração. Por vezes, convocava
jogadores sem um critério definido, vide o primeiro convite a Ronaldinho
Gaúcho, e mais recente, a titularidade de Fred (deixando Leandro Damião no
banco de reservas) que sequer era relacionado para os amistosos internacionais.
Além
disso, o novo presidente da CBF possui uma ligação com o São Paulo F.C,
diferente de Ricardo Teixeira que dava grande liberdade para Andrés Sanches
(Diretor de seleções) e sua ‘corja’, sendo assim, todas as “falcatruas” realizadas
pelo trio deixarão de existir.
Como colunista, peço licença
aos leitores para comemorar a queda de Mano, pois, mesmo sabendo que muita
coisa ruim ainda assombra nossa querida seleção, o primeiro passo para uma
gestão transparente foi dado. Compreendo
que o assunto gera polêmica, até porque tais ‘coincidências’ não podem ser
provadas, mas, fica minha sincera opinião.