O Espetacular Homem Aranha - A Origem do Herói
Como
contar uma historia que os fãs já sabem do principio ao fim?
Esse é o grande desafio de O Espetacular Homem-Aranha, que estreou na última sexta-feira (06/07).
Lembro quando o primeiro filme foi parar nas telonas e
foi aquele frisson, todo mundo comentando que era o melhor filme de heróis até então visto. E aquilo aguçou minha
curiosidade e quando eu finalmente assisti concordei com todos que haviam dito que era realmente fantástico.
Mas agora o desafio do novo cabeça de teias é maior, como substituir uma adaptação tão recente
quanto a anterior? E como atrair os
fãs que já conhecem o universo do Homem-Aranha?
Creio que a Sony foi ousada quando resolveu rejuvenescer a franquia do Aracnídeo e assim recontar a origem
do herói.
Mas volta a pergunta do inicio, como contar a historia
que todos já sabem?
Nesta nova aventura, o que se vê é um filme sustentado por um suspense sem coerência
com alguns fatos dos HQ, até menos dinâmico que o primeiro de seu
antecessor.
A química entre os novos protagonistas é evidente, o carisma de Andrew Garfield e Emma Stone
é um caso a parte e vejo isso de forma positiva para os personagens.
Sempre fui critico em relação ao Peter Parker dos filmes anteriores, e quando digo isso quero
ressaltar que sempre critiquei a postura do personagem e não o ator Tobey Maguire. O
caso é que sempre achei o Peter anterior estático e sem graça, faltava ousadia,
dinamismo que o personagem de HQ sempre demonstrou.
Nisso vejo com bons olhos a nova postura de Peter Parker,
que anda de skate e se mete em brigas
sem sucesso, para proteger alguns oprimidos.
A escolha de Gwen
Stacy logo no primeiro filme do novo aranha é perfeita, pois fica mais
próximo dos acontecimentos dos quadrinhos.
Fui conferir o filme e notei alguns aspectos positivos e outros negativos, o filme é excelente na parte visual e as dinâmicas
das tomadas de ação estão em alto nível, como já mencionei a atitude de
Peter é mais gratificante, entretanto o
filme perde a mão em outros pontos, tais como a relação de Peter com os pais.
A inserção dos pais de Parker desloca a presença de tio Ben e tia May, que são peças de muita
importância na vida de Peter.
Um
segredo obscuro que leva a entender que o pai de Peter já trabalhava com alteração
genética e que talvez sempre tenha planejado algo de maior grandeza ao seu
único filho, não faz nenhum sentido e o filme se perdeu
neste ponto.
Assim como a escolha de Gwen foi acertada, o vilão escolhido também foi, mas o fato da
ausência da família do Dr.Connors é gritante, já que esta é à base de sua
sanidade e loucura.
Um ponto difícil de aceitar é o cargo de Gwen, uma aluna de 17 anos, que é chefe dos estagiários da Oscorp
e braço direito do Dr.Connors. E a criação das teias do aranha que nesta versão
não é orgânica como na versão anterior.
O filme em si,
deixa varias lacunas a serem preenchidas, o que já mostra a intenção da Sony em um próximo filme, isso fica mais visível
na cena após os creditos.
E uma ultima coisa que me deixou desapontado realmente
com esta adaptação, é a alteração da
famosa frase de tio Ben: “Com grandes poderes, vêm grande responsabilidades”.
Bom agora é esperar pela próxima aventura do Aracnídeo nas telas, espero que aconteça um amadurecimento natural aos personagens, pois nós
fãs é que ganhamos com isso.
Boa
semana a todos.
Abraços.