Coluna do K - Livro interativo #11 - A dúvida
Boas galeraaaa!
Mais uma vez estamos
reunidos para mais um capitulo da saga de Kléber! Além disso: HOJEEEE EHHH
SEXTAAAAAAAAA! Ah que beleza...
Para aqueles que perderam algum capitulo, vejam aqui.
Sem mais “mimimi”, vamos lá!
Capitulo 11 – A dúvida
Ainda estávamos deitados
quando notei que já havia anoitecido fazia muito tempo. Acabei mais uma vez
deixando me levar pelo sentimento e esquecendo qual era meu objetivo. Ela já
estava fazendo parte da minha vida sem eu perceber. Olhava-a adormecida. Com ótimo
motivo por sinal, alias também era estranho eu não ter adormecido.
Vesti-me rapidamente e segui
de volta para a sede da W. Precisava falar o mais rápido possível com Carlos e
isso não poderia se prolongar mais. A cobrança de Richard seria de formas
diferentes e sei que tudo estava em jogo. No caminho, observava a festa que
rolava naquele paraíso. Era uma coisa inacreditável. Não existia um dia naquele
lugar onde as pessoas não se divertiam. Talvez quem morasse lá não conseguisse
entrar na sintonia como os visitantes, porém aquela vida era o que muitos
sonham em ter. Música, jogos, bebidas, mulheres... Muitos passam pela vida sem
ao menos pisarem em um lugar como aquele.
Desprendendo-me do que via,
entrei na W. Decidi que iria observar ainda mais aquelas pessoas. Diferente do
primeiro dia, a tensão que havia nos primeiros dias acabara. Parecia que as
pessoas que lá estavam não temia mais o tal assassino e acabavam por se distraírem
nos assuntos mais diversos. Por sua grande maioria ser masculina, os assuntos
variavam entre negócios, jogos e sexo. Típico. Eu não teria o que argumentar já
que minha situação era semelhante. A tensão acabara num passe de mágica e
aquilo fazia com que eu ficasse mais preocupado. A calmaria sempre vem antes
das tormentas. Comecei a procurar pelo suspeito em toda a casa, mas
aparentemente ele não havia chegado. Foi quando avistei Richard. Compreendi que
nossas conversas deveriam ser limitadas, mas era uma informação básica que
qualquer um poderia me dar.
Aproximei-me do grupo
fingindo estar interessado no assunto. Apenas concordava com a cabeça sendo que
muitos ali pouco notaram minha presença. Quando encontrei a possibilidade,
cheguei mais próximo de Richard e perguntei:
- Senhor, saberia me
informar onde Carlos está? Preciso tratar de alguns assuntos com ele.
- Aquele beberrão
provavelmente ainda está jogando. Creio que deva procura-lo lá, pois é o único lugar
onde ele daria alguma atenção para você.
Acenei com a cabeça e me
afastei. Seguindo a caminho da casa de jogos uma coisa deixou-me preocupado.
Quando Laika me encontrou disse que ele odiava ser interrompido. Agora Richard
diz que é o melhor lugar para encontra-lo. Alguma coisa estava errada. Apertei
o passo. Sabia que só saberia quem estava mentindo se chegasse antes de Carlos
sair da casa de jogos. Um dos dois queria me enganar de alguma forma e eu precisava
saber quem. Minha cabeça fervia com as duvidas que pairavam. Seria possível que
um dos dois fosse o assassino?
Cheguei à casa de jogos e
logo notei o meu alvo sentado em uma das mesas. 4 pessoas o acompanhavam em uma
partida de pôquer. Já visivelmente alterado, ele procurava intimidar seus
adversários com muitos palavrões. Nada adiantava. Aproximei-me da mesa e dando
sinal para o Dealer*, sentei para jogar. Quando me viu, Carlos sorriu ironicamente.
Obviamente que meu desafeto estava descontente com minha presença e agora
compreendi o que Richard quis dizer. Aqui eu era apenas mais um adversário. As
partidas foram acontecendo e, por incrível que pareça, acabei conseguindo
vencer muitas rodadas. Nunca fui um exímio jogador e estava surpreso com
aquilo. Inconformado com minhas vitórias, Carlos falou:
- Então quer dizer que você
é o bonzão?
- Como?
- Quer vencer em tudo. Ganhar
nossas mulheres, beber nossa bebida, vencer nossos jogos. É esse o seu
interesse?
- Não me entenda mal. Estou
apenas me divertindo como você.
- No final, meu caro, a
derrota será sua.
- Consegue ver minhas cartas?-
Disse ironicamente.
- Não no jogo. Estou falando
de Laika. Você acha realmente que ela está apaixonada por você, moleque?
- Creio que isso não deva
ser da sua conta.
Ele tomou-se em ira. Fez que
ia se levantar, mas ao notar a movimentação dos seguranças, tornou-se a sentar.
Olhou suas cartas e apostou todas as suas fichas. Minha mão estava realmente
boa e cobri sua aposta. Então ele com um sorriso amarelado, disse:
- Você não foi a única pessoa
que esteve com ela. Meu primo se divertiu bastante até que lhe tiraram a vida.
Espero de coração que isso não se repita, pois não precisou de muito tempo para
ela se envolver com você.
Senti meu coração gelar. Se
o intuito dele era me atingir, conseguira. Fiquei em silencio. Ninguém havia
comentado sobre isso e só consegui me desligar dos meus pensamentos quando
olhei para mesa: Eu havia perdido. Por mais que tivesse um flush*, a quadra
dele vencia a partida.
Levantei
e sai ignorando o sorriso irônico de Carlos. Agora estava ainda mais confuso. Era
esse o temor de Laika quando a avisei sobre nosso encontro?
*Dealer:
É o carteador. Aquele que dá as cartas no jogo de pôquer.
*
Flush: Jogada do pôquer onde as cartas são do mesmo naipe.
É galera... chegamos ao fim
de mais um capitulo.
.
Espero que tenham gostado e
que estejam tão empolgados quanto eu para o final dessa empreitada.
Sugestões? Envie-nos ume-mail.
Abraços e até a próxima sexta!