Para descer, todo santo ajuda.
Com esse titúlo, gostaria de
explicar um pouco a situação em que o Palmeiras se encontra após o último
empate contra o Botafogo, em Araraquara.
Há algumas semanas, escrevi
sobre a tal sorte de campeão e o azar dos rebaixados, porém, sem ter um
paralelo entre realidade e superstição. Porém, Domingo (04), ficou mais do que
provado o fato de que quando as coisas estão ruins, elas tendem a piorar.
O Palmeiras foi
infinitamente superior ao Botafogo, ainda assim, em erros individuais, por puro
nervosismo (ou deficiência técnica), entregou dois gols ao clube carioca, sem
desmerecer, claro, a competência dos jogadores alvinegros, que não
desperdiçaram as poucas oportunidades que tiveram.
São Barcos, como dizem
alguns palmeirenses, foi oportunista e mostrou seu ótimo futebol ao empatar a
partida, atingindo também sua meta pessoal de 27 gols durante a temporada,
contudo, o atacante não possui motivos para comemorar, já que com a vitória de
Bahia e Sport, o Verdão se vê cada vez mais na Série B em 2013.
No decorrer do jogo, o
nervosismo dos jogadores do Palmeiras era nítido. Bolas na trave, erros bobos
em ‘gols feitos’, bate-rebate dentro da área... Tudo conspirava a favor do
Botafogo, aumentando assim a angustia dos torcedores, que desolados deixaram de
ser, por alguns minutos, a ‘torcida que canta e grita’.
O drama vivido pelo
Palmeiras não é nenhuma novidade. Já vimos o mesmo filme com Corinthians em
2007. Na ocasião, além de um time péssimo, fatores externos também atrapalhavam
dentro de campo, como por exemplo, pressão da torcida, guerra nos bastidores e
etc. Fatos mais do que presentes no dia-a-dia do clube alviverde paulista.
Portanto, o azar de
rebaixado pode ser explicado como uma união de fatores internos/externos, que
influenciam negativamente o psicológico dos jogadores, de forma que as
deficiências técnicas do grupo sejam misturadas com ansiedade e nervosismo,
potencializando assim, o número de erros em uma partida.
“Se para descer, todo santo
ajuda”, que o Palmeiras reze para receber milagres ao invés de auxílio...


